Alexander Gieg
É simples: as pessoas trabalhariam menos, tornando a produção de riqueza cada vez menor, até estagnar a economia, chegando por fim à produção perpétua de miséria. Vou mostrar um exemplo bem simplificado, etapa por etapa, envolvendo dois indivíduos, os senhores A e B, e considerando ainda que o processo de distribuição estatal é perfeito, ou seja, que o Estado consome rigorosamente 0% do riqueza que está distribuindo (o que, óbvio, nunca é verdade).
a) O senhor A, por suas capacidades, inteligência, engenho, força física etc. é capaz de produzir, quando trabalhando ao máximo de seu esforço, $800 em riqueza anteriormente inexistente. Já o senhor B, esforçando-se também ao máximo, consegue produzir $200. A soma da riqueza gerada por ambos é $1000.
b) O Estado faz a distribuição. Os srs. A e B recebem $500 cada. O sr. B fica feliz, afinal, ganhou $300 a mais do que produziu, já o sr. A não, pois recebeu $300 a menos.
c) No mês seguinte o mesmo acontece. O sr. A decide então: "Já que eu trabalho tanto e não recebo tanto quanto deveria, vou me esforçar menos. Para que tanta dedicação, se não sou retribuído?"
d) Passa-se mais um mês. Dessa vez, o sr. A produziu apenas $600. Somado aos $200 do sr. B, isso dá $800. O Estado faz a distribuição, entregando $400 para cada um. O sr. A pensa: "Porra! Os maleditos já me pagavam pouco, e agora resolvem diminuir?!? Quer saber? A partir da agora vou produzir tanto quanto me pagam!" Quanto ao sr. B, este ainda está satisfeito, afinal, recebeu $200 a mais do que produziu, o que, embora menos do que antes, ainda é ótimo.
e) Dito e feito! Da vez seguinte o sr. A produziu $400 que, somados aos $200 do sr. B, dá $600. O Estado toma a riqueza gerada por ambos e distribui $300 para cada um. E no mês seguinte, o que acontece? E-xa-to! $300 do sr. A, mais $200 do sr. B, total de $500, portanto $250 para cada um.
f) Nessa altura, quando a decadência da coisa toda já se tornou irrefreável, o sr. B começa a se irritar também. Ele pensa: "Caralho! Eu me mato de trabalhar, o governo paga cada vez menos, e o sr. A fica lá na folga, trabalhando quase nada, e ganhando o mesmo que eu! Dane-se! Eu também vou mais é relaxar!"
g) No mês seguinte o sr. A produz $250 e o sr. B (que também diminuiu o ritmo) produz $100, total de $350. O Estado, sempre atento, distribui então os "justos" $175 de cada um.
h) Quando a situação chega a um ponto em que ninguém está produzindo mais do que $100 o Estado resolve ficar um pouco mais ativo, porque "desse jeito não dá!". Um soldado armado com um metralhadora AR-15 é designado para supervisionar o trabalho de ambos. Logo o sr. A está produzindo "otimamente" $420, o sr. B, também "otimamente" $180, e todos estão recebendo adequados $200 cada: $200 para o sr. A, $200 para o sr. B e, claro, $200 para o soldado, que, afinal, também é gente e está prestando um trabalho dos mais relevantes à integridade da indústria nacional.
Aliás, entendeu agora porque é que o "socialismo real" sempre acaba virando uma ditadura policial? É estrutural.
:-:-:
É simples: as pessoas trabalhariam menos, tornando a produção de riqueza cada vez menor, até estagnar a economia, chegando por fim à produção perpétua de miséria. Vou mostrar um exemplo bem simplificado, etapa por etapa, envolvendo dois indivíduos, os senhores A e B, e considerando ainda que o processo de distribuição estatal é perfeito, ou seja, que o Estado consome rigorosamente 0% do riqueza que está distribuindo (o que, óbvio, nunca é verdade).
a) O senhor A, por suas capacidades, inteligência, engenho, força física etc. é capaz de produzir, quando trabalhando ao máximo de seu esforço, $800 em riqueza anteriormente inexistente. Já o senhor B, esforçando-se também ao máximo, consegue produzir $200. A soma da riqueza gerada por ambos é $1000.
b) O Estado faz a distribuição. Os srs. A e B recebem $500 cada. O sr. B fica feliz, afinal, ganhou $300 a mais do que produziu, já o sr. A não, pois recebeu $300 a menos.
c) No mês seguinte o mesmo acontece. O sr. A decide então: "Já que eu trabalho tanto e não recebo tanto quanto deveria, vou me esforçar menos. Para que tanta dedicação, se não sou retribuído?"
d) Passa-se mais um mês. Dessa vez, o sr. A produziu apenas $600. Somado aos $200 do sr. B, isso dá $800. O Estado faz a distribuição, entregando $400 para cada um. O sr. A pensa: "Porra! Os maleditos já me pagavam pouco, e agora resolvem diminuir?!? Quer saber? A partir da agora vou produzir tanto quanto me pagam!" Quanto ao sr. B, este ainda está satisfeito, afinal, recebeu $200 a mais do que produziu, o que, embora menos do que antes, ainda é ótimo.
e) Dito e feito! Da vez seguinte o sr. A produziu $400 que, somados aos $200 do sr. B, dá $600. O Estado toma a riqueza gerada por ambos e distribui $300 para cada um. E no mês seguinte, o que acontece? E-xa-to! $300 do sr. A, mais $200 do sr. B, total de $500, portanto $250 para cada um.
f) Nessa altura, quando a decadência da coisa toda já se tornou irrefreável, o sr. B começa a se irritar também. Ele pensa: "Caralho! Eu me mato de trabalhar, o governo paga cada vez menos, e o sr. A fica lá na folga, trabalhando quase nada, e ganhando o mesmo que eu! Dane-se! Eu também vou mais é relaxar!"
g) No mês seguinte o sr. A produz $250 e o sr. B (que também diminuiu o ritmo) produz $100, total de $350. O Estado, sempre atento, distribui então os "justos" $175 de cada um.
h) Quando a situação chega a um ponto em que ninguém está produzindo mais do que $100 o Estado resolve ficar um pouco mais ativo, porque "desse jeito não dá!". Um soldado armado com um metralhadora AR-15 é designado para supervisionar o trabalho de ambos. Logo o sr. A está produzindo "otimamente" $420, o sr. B, também "otimamente" $180, e todos estão recebendo adequados $200 cada: $200 para o sr. A, $200 para o sr. B e, claro, $200 para o soldado, que, afinal, também é gente e está prestando um trabalho dos mais relevantes à integridade da indústria nacional.
Aliás, entendeu agora porque é que o "socialismo real" sempre acaba virando uma ditadura policial? É estrutural.
:-:-:
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