sábado, 25 de setembro de 2021

Por que a galinha atravessou a rua?

PROFESSORA PRIMÁRIA
Porque o frango queria chegar ao outro lado da estrada.

CRIANÇA
Porque sim.

PLATÃO
Porque buscava alcançar o Bem.

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Why are conservatives happier than liberals?

Why are conservatives happier than liberals?
(Por que direitistas são mais felizes que liberais?)

"No nosso terceiro estudo, descobrimos que o aumento da desigualdade econômica (medida pelo índice de Gini) entre 1974 e 2004 agravou a diferença de felicidade entre liberais [esquerdistas] e conservadores [direitistas], aparentemente porque os conservadores (mais do que os liberais) possuem uma reserva ideológica contra os efeitos negativos hedonísticos da desigualdade econômica".

Artigo completo:
http://isites.harvard.edu/fs/docs/icb.topic895260.files/Napier%20Jost%20Why%20Are%20Conservatives%20Happier.pdf

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Vocações e equívocos

Olavo de Carvalho

Bravo!, fevereiro de 2000

Se você escreve, ou pinta, ou faz sermões na igreja, ou toca música, ou monta a cavalo, ou tira fotos, ou faz qualquer outra coisa que pareça interessante, já deve ter ouvido mil vezes a pergunta: "Você faz isso por dinheiro ou por prazer?" Tão infinitamente repetível é essa fórmula, que ela deve revelar algum traço profundo e permanente do modo brasileiro de ver as coisas – um lugar-comum ou topos da nossa retórica diária.

sábado, 11 de setembro de 2021

A mensagem de Viktor Frankl

Olavo de Carvalho

Bravo!, novembro de 1997

No dia 2 de setembro [de 1997] morreu, aos 92 anos, um dos homens realmente grandes deste século. Acabo de escrever isto e já tenho uma dúvida: não sei se o médico judeu austríaco Viktor Frankl pertenceu mesmo a este século. Pois ele só viveu para devolver aos homens o que o século XX lhes havia tomado - e não poderia fazê-lo se não fosse, numa época em que todos se orgulham de ser "homens do seu tempo", alguém muito maior do que o século.

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Viktor Frankl: O Homem Vive

O Homem Vive

Mr. Roy Bonisteel entrevista Viktor Frankl
Tradução:
Felipe Cherubin Este endereço de e-mail está protegido contra SpamBots. Você precisa ter o JavaScript habilitado para vê-lo.

Nota do tradutor
“Man Alive” foi uma série de TV canadense sobre fé e espiritualidade. O título da série foi retirado de um poema de St. Irenaeus, bispo de Lugdunum (atualmente Lyon) no século II que escreveu “A glória de Deus é o homem verdadeiramente vivo”. A série teve inicio em 1967 na “CBC Television”. Foi na série “Man Alive”, em 1977, que Viktor Frankl deu uma das suas mais impressionantes entrevistas cuja transcrição foi publicada posteriormente e de forma estendida em edição comemorativa do “International Journal of Logotherapy and Existential Analysis”. Com muita satisfação apresento a tradução em português dessa célebre e tocante entrevista de um dos maiores pensadores do século XX.

sábado, 4 de setembro de 2021

Trecho de Viktor Frankl


Frankl gosta de citar esta frase de Nietzsche: "Quem tem por que viver pode suportar quase qualquer como." No campo de concentração todas as circunstâncias conspiram para fazer o prisioneiro perder seu controle. Todos os objetivos comuns da vida estão desfeitos. A única coisa que sobrou é "a última liberdade humana" - a capacidade de escolher a atitude pessoal que se assume diante de determinado conjunto de circunstâncias". Esta liberdade última, reconhecida pelos antigos estóicos e pelos modernos existencialistas, assume um vívido significado na história de Frankl. Os prisioneiros eram apenas cidadãos comuns; mas alguns, pelo menos, comprovaram a capacidade humana de erguer-se acima do seu destino externo ao optarem por serem "dignos do seu sofrimento".

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Mais um trecho de Viktor Frankl

... Dostoievsky afirmou certa vez: "Temo somente uma coisa: não ser digno do meu tormento." Essas palavras só podiam mesmo ficar passando muitas vezes pela cabeça da gente quando se ficava conhecendo aquelas pessoas tipo mártir, cujo comportamento no campo de concentração, cujo sofrimento e morte testemunham essa liberdade interior última do ser humano, a qual não se pode perder. Sem dúvida, elas poderiam dizer que foram "dignas dos seus tormentos". Elas provaram que inerente ao sofrimento há uma conquista, que é uma conquista interior. A liberdade interior (geistig) do ser humano, a qual não se lhe pode tirar, permite-lhe até o último suspiro configurar a sua vida de modo que tenha sentido. Pois não somente uma vida ativa tem sentido, em dando à pessoa a oportunidade de concretizar valores de forma criativa. Não há sentido apenas no gozo da vida, que permite à pessoa a realização na experiência do que é belo, na experiência da arte ou da natureza. Também há sentido naquela vida que - como no campo de concentração - dificilmente oferece uma chance de se realizar criativamente e em termos de experiência, mas que lhe reserva apenas uma possibilidade de configurar o sentido da existência, precisamente na atitude com que a pessoa se coloca face à restrição forçada de fora sobre seu ser.