quinta-feira, 29 de março de 2018

The Prussian Monarchy Stuff

by William S. Lind

Eu sou um monarquista, é claro, como todos os verdadeiros conservadores. O universo não é uma República.

Minha ligação específica com a Casa de Hohenzollern desenvolveu-se quando comecei a entender a maneira Prussiana-germânica de guerrear, e sua imensa diferença em relação à abordagem Franco/Americana. (...)
Mas é mais do que isso: sendo tanto um conservador culturalmente quando historiador, eu entendo que a última chance de sobrevivência de nossa civilização cristã ocidental pode ter sido uma vitória das Potências Centrais na Primeira Guerra Mundial.


Para a maioria dos que não são historiadores a Primeira Guerra Mundial pode ser apenas uma memória vaga e distante e imagens de fotografias em preto e branco de sujeitos entrincheirados na lama.

Na verdade a Primeira Guerra foi um dos dois grandes desastres da Civilização Ocidental no período Moderno (o outro foi a Revolução Francesa). Em 1914 o Ocidentou apontou uma arma para sua Cabeça coletiva e estoirou os miolos.
Não, não me refiro à queda do Kaiser Wilhelm II, o qual tem sido retratado de forma injusta pela História Como escreveu o Coronel House para o Presidente Woodrow Wilson depois de se encontrar com o Kaiser em 1915, está claro que ele nem esperava a guerra e nem a desejava. Uma guerra mundial se tornou inevitável quando o Czar Nicoulau II. E não o Kaiser Wilhelm, muito relutantemente atendeu às recomendações e exigências de seus Ministros da Guerra e de Relações Exteriores e então declarou uma mobilização geral ao invés de uma mobilização contra a Áustria apenas.

Uma vez que a guerra ocorreu, e o fracasso do Plano Schlieffen garantiu que iria ser uma guerra longa, o desastre para a civilização ocidental se tornou inevitável. Ainda assim, se as Potências Centrais tivessem ganho no final, a destruição da civilização talvez não teria sido tão completa. Não teria havido comunismo nenhum, e nem a República na Rússia; uma Alemanha vitoriosa não toleraria isso , e diferentemente dos Aliados ocidentais, a Alemanha estava geograficamente em posição para fazer algo a respeito. Hitler nunca teria passado de um zé-ninguém. Antes da Primeira Guerra Mundial, os melhor e principais países para os judeus viverem eram a Alemanha e a Áustria; o Kaiser Wilhelm nunca teria permitido um caso Dreyfus na Alemanha. As enormes comunidades judaicas da Europa Central e Leste Europal teria mantido seu lugar tradicional em Impérios multi-nacionais ao invés de se tornarem estrangeiros em novos Estados-Nações. Não deve surpreender ninguém que na Primeira Guerra Mundial os judeus americanos tenham tentando levantar um regimento para lutar pela Alemanha.

E mais importante ainda: o conservadorismo cristão (ou talvez seja mais correto falar em tradicionalismo cristão) representado pelas Potências Centrais teria sido enormemente fortalecido pela vitória das potências centrais. Ao invés disso, a queda das monarquias alemã, austro-húngara e russa abriu o espaço para que os venenos da Revolução Francesa se espalhassem pelo Ocidente e pelo mundo.

O historiador marxista Arno Mayer está correto quando afirma que em 1914 os EUA representavam (como um República, juntamente com a França), a Esquerda Internacional, enquanto que em 1919 os mesmos EUA já estavam organizando a Direita Internacional. Não foram os EUA que mudaram; foi o espectro político mundial que se deslocou para a esquerda.
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Assim, quando americanos e europeus hoje se indagam o porquê de o Ocidente ter perdido sua cultura histórica, moral e religião, a resposta definitiva é: a vitória dos Aliados em 1918 Mais uma vez, o fato da Primeira Guerra Mundial ter ocorrido já é em si um desastre. Mas uma vez que ela acabou ocorrendo, a última chance do Ocidente ter mantido sua cultura tradicional era uma vitória das Potências Centrais.

A questão não é o porquê de eu, como conservador culturalmente, permanecer fiel à memória dos dois Kaisers, Wilhelm II e Franz Jose, mas sim como um conservador de verdade poderia agir de outra forma.

E tampouco pode-se dizer que isso tudo seja História, seja passado. Assim como a derrota das Potências Centrais em 1918 marcou a longa descida abismo abaixo da civilização ocidental e o verdadeiro início do sangrento Século Vinte, da mesma forma eventos no Oriente Médio hoje marcam o início do Século Vinte e Um, e nem tanto a morte do Ocidente, a qual já ocorreu, mas sim o seu sepultamento.
As sombras de 1914 e 1918 são sem dúvida imensas e elas terminam na Antiga Noite Escura.

2 de Agosto de 2006

:-:-:

Fonte: <
http://www.lewrockwell.com/lind/lind103.html>

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