sexta-feira, 11 de outubro de 2019

A Correta Expressão Como Arma Revolucionária

Camarada Manifestante Anti-E.E.U.U.

Muitos dos que vêm democraticamente expressar suas opiniões neste sítio manifestam-se devidamente contra a utilização de palavras ianques e outras influências indesejadas do tigre de papel capitalista. Outros questionam a legitimidade da Língua BRASILEIRA como veículo apropriado para divulgação dos ideais revolucionários. Farei uma breve reflexão sobre como os verdadeiros revolucionários devem utilizar suas habilidades linguísticas para que alcancemos coletivamente o objetivo de construir uma sociedade justa, popular e socialista.

A importância de extirparmos vocábulos implantados em nossa língua nacional primeiramente pelo neocolonialismo britânico e posteriormente pela CIA e pelos barões da mídia entreguista dispensa maiores explicações. Porém não devemos esquecer que a Língua Brasileira também carrega doses fortíssimas de imperialismo uma vez que deriva basicamente da língua portuguesa, mero instrumento do expansionismo de uma elite branca mercantilista! Além do mais, a língua portuguesa não apenas deriva do latim (aparelho de dominação cultural dos imperialistas romanos) mas também descende do proto-indo-europeu, língua de povos militaristas brancos que, portando suásticas (logo, povos proto-nazistas), espalharam o terror e a propriedade privada pelo mundo antigo destruindo a justiça social de incontáveis sociedades coletivistas!

Mas nem mesmo os povos oprimidos que tanto contribuíram para a construção de nossa Língua Brasileira ajudaram a minimizar a componente de exploração das massas contida em cada uma de nossas palavras. Ora, os afro-africanos que aqui vieram como escravos faziam parte de sociedades monarquistas (portanto exploradoras de mais-valia) e mesmo os tupis, hoje oprimidos, estavam em movimento expansionista ao longo do litoral brasileiro, impondo sua cultura de forma colonialista a outros nativo-brasileiros oprimidos.

Ressalto, contudo, que este não é um problema específico de nossa língua MAS DE TODAS AS LÍNGUAS. Desde que o primeiro humano saiu das planícies africanas cedendo a impulsos expansionistas (logo, imperialistas e neoliberais), as línguas evoluíram como forma anti-democrática de atribuição discriminatória de significados e pessoas, ações, objetos e lugares, além de serem viabilizadoras dos discursos alienantes das elites.

UM MUNDO JUSTO E SOCIALISTA NAO DEVE FAZER USO DE TÃO VIS INSTRUMENTOS DE DOMINAÇÃO COMO AS PALAVRAS!

A utilização de quaisquer sons para comunicação, sejam palavras ou grunhidos, exclui e oprime os camaradas surdos e mudos! Pelo mesmo raciocínio, a linguagem de sinais exclui e oprime os camaradas cegos e manetas, assim como a comunicação por tapas e chutes exclui e oprime os camaradas paraplégicos e tetraplégicos!

O VERDADEIRO SOCIALISTA DEVE SE REFERIR IGUALMENTE E DEMOCRATICAMENTE POR MEIO DE UM ÚNICO GESTO, COMPREENDIDO E UTILIZÁVEL POR TODOS, E QUE ATRIBUA O MESMO SIGNIFICADO A TODAS AS PESSOAS, COISAS, AÇÕES, ETC.!

Agindo com consciência revolucionária não nos comunicaremos de forma excludente e opressora e por conseqüência minaremos a discriminação, o elitismo e a exploração das massas!

Devemos, portanto, debater com a sociedade e convocar um plebiscito para determinar a forma de expressão que melhor atenda às demandas sociais e não impeça a plena comunicação de portadores de deficiência visual, auditiva ou de qualquer outro tipo!

ESCOLHAMOS A LAMBIDA, A MORDIDA, O FLATO OU QUALQUER OUTRA FORMA REALMENTE DEMOCRÁTICA E UNIVERSAL DE EXPRESSÃO PARA DISSEMINAR O IDEAL SOCIALISTA!

Também devemos de imediato realizar manifestações republicanas contra as palavras: convocar greve geral, queimar bandeiras estadunidenses e atacar unidades do maquidonaldes!

À LUTA, COMPANHEIROS!

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Fonte: http://opiniaopopular.blogspot.com/, mensagem de 09 Dez. 2006.

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