domingo, 19 de janeiro de 2020

Gramsci e a conversão ao catolicismo. Ou: Deus ama o pecador

por Yashá Gallazzi

Abaixo algo muito curioso publicado no site do jornal italiano Il Corriere della Sera. Primeiro transcrevo o texto original, depois uma tradução livre feita por mim. Ao trabalho:

«Gramsci morì con i sacramenti. E chiese alle suore che lo assistevano di poter baciare un' immagine del Bambino Gesù». È una rivelazione che fa discutere quella dell'arcivescovo Luigi De Magistris (...) «Questo fatto (...) nel mondo della "falce e martello" preferiscono tacerlo, ma è proprio così». Finora del riavvicinamento al cattolicesimo di Gramsci si era parlato solo a livello di voci, mai confermate. De Magistris, (...) ha invece fornito più di un dettaglio sulla vicenda. «Il mio conterraneo, Gramsci (...) aveva nella sua stanza l'immagine di Santa Teresa del Bambino Gesù. Durante la sua ultima malattia, le suore della clinica dove era ricoverato gli portarono allora l'immagine di Gesù Bambino e Gramsci la baciò». «Gramsci - ha sottolineato De Magistris - è morto con i Sacramenti, è tornato alla fede della sua infanzia. La misericordia di Dio santamente ci perseguita. Il Signore non si rassegna a perderci» (...)

Agora a tradução:



"Gramsci morreu com os sacramentos. E pediu às freiras para beijar uma imagem do menino Jesus." É uma revelação que causa muita discussão a do arcebispo Luigi De Magistris (...) "Esse fato (...) no mundo da 'foice e do martelo' preferem manter oculto, mas foi assim que ocorreu". Até o presente momento só havia se falado sobre a reaproximação de Gramsci ao catolicismo por meio de vozes esparsas, nunca confirmadas. De Magistris (...) forneceu mais de um detalhe sobre o episódio. "O meu conterrâneo, Gramsci (...) tinha no seu quarto a imagem de Santa Tereza do menino Jesus. Durante a sua última convalescência, as freiras da clínica onde estava internado levaram até ele a imagem do menino Jesus e Gramsci a beijou". "Gramsci - acrescentou De Magistris - morreu com os Sacramentos, voltando à fé da sua infância. A misericórdia de Deus nos persegue de forma santa. O Senho não se conforma em nos perder" (...)

Sim, eu sei que a gentalha revoluçonára vai dizer que tudo não passa de mentira da Igreja Católica. É da natureza deles, afinal são pródigos na arte de atribuir aos inimigos suas práticas nefandas - como bem ensinou o assassino Lênin.

Para quem consegue ler italiano eu recomendo vivamente que se dediquem à leitura completa das reportagens que foram publicadas hoje sobre o tema. As histórias são ricas demais em detalhes para que sejam apenas uma mentira vil da Cúria Romana. No mais, caberia perguntar por que a Igreja estaria empenhada em criar uma mentira sobre o assunto. Seria para "difamar" o ideólogo do Moderno Príncipe? Igualando-o, na fé, a Jesus, o Cristo? Não creio... Seria, talvez, para tentar amealhar algusn fiéis entre os comunistas do mundo? Claro que não! Novamente proponho que leiam o que foi publicado a respeito. A história tem cheiro de verdade.

Devo admitir que tenho, neste momento, um irônico - ou devo dizer sarcástico? - sorrisinho no canto da boca... É um tanto reconfortante notar que alguém que dedicou toda a vida à causa do humanismo assassino tenha buscado socorro e conforto junto à Cruz nos momentos derradeiros. E por que ele teria feito isso? Bom, como católico eu tenho um palpite: Deus ama o pecador - nunca o pecado - e, por isso, imagino a opressão que o sujeito não carregava em seu peito às portas da morte. Assim, nada melhor que uma prece dirigida a Deus para encontrar paz de espírito. Quem é católico - ou quem tem fé - sabe bem a que me refiro.

Uma das coisas mais detestáveis da ideologia assassina - aquela cunhada por Marx e piorada por Gramsci - era seu ódio à Igreja Católica e à fé como um todo. "O ópio dos povos", lembram? Não deixa de ser irônico que um fervoroso seguidor da "Igreja do Marxismo dos últimos dias" tenha sentido, no final da vida, a necessida básica do ser humano pelo perdão e pela misericórdia.

Que bom que estava entregue aos cuidados de algumas freiras, não? Além do conforto físico puderam oferecer-lhe algum consolo espiritual antes do último suspiro. Estivesse em um dos gulags que tanto defendeu, teria morrido como um cão.

Essa é a grandeza da fé cristã - que, sim, uniu o mundo ocidental: abraçar fraternalmente até aqueles que se dedicaram a acabar com ela. O amor, sabe-se, vence qualquer tipo de ideologia homicida.

Gramsci, culpado por viver a vida dedicando-se ao estupro ideológico e ao assassinato físico, abriu os olhos para a esperança da fé no último instante. Não houve problema: foi acolhido pelo Senhor. Lembro-me de São Paulo: "É pela esperança que fomos salvos". Sim, Gramsci foi salvo pela esperança que ele mesmo, quando saudável, insistiu em negar. Não aquela esperança tosca do tal "outro mundo poçíveu", mas a do reino de Deus.

Que descanse em paz.

:-:-:

Fonte: http://construindoopensamento.blogspot.com/2008/11/gramsci-e-converso-ao-catolicismo-ou.html.

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