segunda-feira, 3 de abril de 2023

Paul Johnson: Os Intelectuais (Karl Marx)

Um fragmento do livro:

Marx se caracterizava, principalmente, como um depósito repleto de ressentimentos e frustrações. Brigava até com a própria sombra. Suas biografias contam-nos também que vivia possuído de extremo mau humor e era conhecido como uma pessoa rancorosa até por Jenny, sua verdadeira mulher, que, certa vez escreveu-lhe, dizendo: "Por favor, não escreva com tanto rancor e irritação". Este estado de espírito era agravado por suas costumeiras bebedeiras e pelo sofrimento com a freqüente erupção de furúnculos, resultantes da sua pouca higiene pessoal que o tornava uma figura mal cheirosa, até mesmo, repugnante.


Estudiosos da sua personalidade, baseados em testemunhos da família Marx e dos que a freqüentavam são unânimes em caracterizá-lo como um grande falsário, por pregar um moralismo contrastante com seu real procedimento. Mencionam, por exemplo, seu comportamento como o de um patrão que nunca pagou um centavo sequer a uma camponesa que lhe serviu desde os oito anos de idade. Chamava-se Helen Demuth , conhecida como "Lenchen", na intimidade, que iniciou sua escrava servidão como babá de seus filhos, terminando como sua amante e mãe de um filho bastardo que Marx sempre renegou. A este filho, o patrão Marx concedeu o privilégio de ver sua mãe sem poder entrar pela porta da frente. Só podia vê-la na cozinha. Aliás, o historiador que mais se aprofundou na vida de Marx foi categórico na afirmação de que "Lenchen" foi o único representante da classe trabalhadora que ele conheceu de perto. Nesse aprofundamento, o insuspeito e respeitado autor, menciona que as obras de Marx tem como pano de fundo os quatro aspectos fundamentais do seu caráter: o gosto pela violência, o desejo de poder, a inabilidade para lidar com dinheiro e principalmente, a tendência de explorar e ludibriar os que viviam ao seu redor.

Como Marx jamais foi visitar uma fábrica (preferia o conforto da Biblioteca do Museu Britânico, em Londres), a sua única fonte sobre o proletariado de carne e osso foi o livro Condição do Operariado na Inglaterra, de Engels. Ao se debruçarem sobre esse livro, dois estudiosos ingleses, W.O. Henderson e W.H. Challoner, descobriram que Engels descartara informações que prejudicavam seus pontos de vista, como as que mostravam a progressiva melhoria das condições de vida da maioria dos trabalhadores, para concentrar-se em setores isolados nos quais predominaria a exploração abjeta – omitindo ao leitor, no entanto, que seus dados eram de quarenta anos antes e muito havia mudado desde então, graças à intervenção do governo inglês.

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