sábado, 31 de dezembro de 2022

Por que sou católico (Chesterton)

Fonte:
CHESTERTON, G.K. Por que sou católico. Chesterton Brasil. [Traduzido por Antonio Emilia Angueth de Araujo]. Disponivel em: http://www.chestertonbrasil.org/ Acesso em: 17 Dezembro 2010.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Chesterton: Direitos do Homem

"A coisa por trás bolchevismo e muitas outras coisas modernas é uma nova dúvida. Não é apenas uma dúvida a respeito de Deus; é de fato uma dúvida sobre o homem. A velha moralidade, a religião cristã, a Igreja Católica, diferem de toda esta nova mentalidade porque realmente acreditam nos direitos dos homens. Ou seja, acreditam que homens comuns se cobriam de poderes e privilégios e uma espécie de autoridade. Assim, o homem comum tinha o direito de lidar com a matéria morta, até um determinado ponto; era o direito de propriedade. Assim, o homem comum teve um direito de governar os outros animais dentro da razão; esta é a objeção ao vegetarianismo e muitas outras coisas. O homem comum tinha o direito de julgar sobre sua própria saúde, e quais os riscos que ele tomaria com as coisas normais de seu ambiente; esta é a objeção à Proibição e muitas outras coisas. O homem comum tinha o direito de julgar a saúde de seus filhos e, geralmente, criá-los para o melhor de sua capacidade; esta é a objeção à moderna Educação estatal. Agora nestas coisas primárias em que a antiga religião confiava ao homem, a nova filosofia desconfia absolutamente do homem. Ela insiste que ele deve ser uma espécie muito rara de homem a ter quaisquer direitos sobre essas questões; e quando ele é o tipo raro, ele tem o direito de governar os outros ainda mais do que a si mesmo" (GKC: "O Esboço de sanidade.")

domingo, 25 de dezembro de 2022

Arquimedes, contador de areia



Tradução


"Há quem pense, Rei Gelão, que o número de grãos de areia é infinito. E quando menciono areia refiro-me não só aquela que existe em Siracusa e no resto da Sicilia mas também àquela que se encontra nas outras regiões, sejam elas habitadas ou desabitadas. Mais uma vez, há quem, sem considerá-lo infinito, pense que nenhum número foi ainda nomeado que seja suficientemente grande para exceder a sua multiplicidade. E é claro que aqueles que têm esta opinião, se imaginassem uma massa de areia tão grande como a massa da terra, incluindo nesta todos os mares e depressões da terra preenchidas até uma altura igual à mais alta das montanhas, estariam muito longe ainda de reconhecer que qualquer número poderia ser expresso de tal forma que excedesse a multiplicidade da areia aí existente. Mas eu tentarei mostrar-vos, através de provas geométricas que conseguireis acompanhar que, dos números nomeados por mim e que constam no trabalho que enviei a Zeuxipo, alguns excedem, não só o número da massa de areia igual em magnitude à da terra preenchida da maneira que atrás referi, mas também da massa igual em magnitude à do universo. Ora, vós estais por certo conscientes de que 'universo' é o nome dado por muitos astrónomos à esfera cujo centro é o centro da terra e cujo raio é igual à linha recta entre o centro do sol e o centro da terra. Esta é a definição comum, como tendes ouvido dos astrónomos. Mas Aristarco de Samos escreveu um livro no qual as premissas levam ao resultado de que o universo é muitas vezes maior do que aquele que é agora considerado. A hipótese dele é que as estrelas fixas e o sol permanecem imóveis, que a terra gira em torno do sol na forma de uma circunferência, que o sol permanece no centro da órbita e que a esfera das estrelas fixas, situada relativamente perto do centro do sol, é tão grande que o círculo em que ele supõe que a terra gira suporta uma proporção, relativamente à distância das estrelas fixas tal como o centro da esfera suporta relativamente à sua superfície. É fácil de ver que isto é impossível; pois dado que o centro da esfera não tem dimensão, não o podemos conceber para suportar qualquer proporção relativamente à superfície da esfera. Temos contudo de aceitar que Aristarco assim pense pela nossa parte, porque consideramos a terra como se fosse o centro do universo, a proporção que a terra suporta relativamente àquilo que descrevemos como sendo o 'universo' é igual à proporção da esfera contendo o círculo em que ele supõe que a terra gira comparativamente à esfera das estrelas fixas. Pois ele faz uma adaptação dos seus resultados às demonstrações tendo em conta hipóteses deste tipo, e em particular parece que ele supõe que a magnitude da esfera que representa a terra em movimento é igual à magnitude daquilo a que chamamos o 'universo'. Então eu digo que, mesmo que uma esfera constituída por uma tão elevada quantidade de areia como sendo comparativa à da esfera das estrelas fixas, como supõe Aristarco, eu continuarei a demonstrar que, dos números mencionados nos "Princípios", alguns excedem em multiplicidade o número da areia igual em magnitude à esfera atrás referida, desde que as seguintes suposições sejam feitas.






segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Berezovsky Proposes Britain's Prince Harry Be Made Russian Monarch

Berezovsky Proposes Britain's Prince Harry Be Made Russian Monarch



Prince Harry dancing with locals on a diplomatic trip to Jamaica last month.

Prince of Wales press service
Prince Harry dancing with locals on a diplomatic trip to Jamaica last month.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

Lista de bandas e cantores banidos na URSS


Lista de bandas e cantores banidos, de acordo com a Juventude do Partido Comunista da URSS (1985)
"Group Name and Type of Propaganda"
1. Sex Pistols - punk, violence

2. B-52s - punk, violence
3. Madness - punk, violence
4. Clash - punk, violence
5. Stranglers - punk, violence
6. Kiss - neofascism, punk, violence
7. Krokus - violence, cult of strong personality
8. Styx - violence, vandalism
9. Iron Maiden - violence, religious obscurantism
10. Judas Priest - anticommunism, racismo

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

R.I.P. Aleksandr Solzhenitsyn (1918-2008)


Aleksandr Isayevich Solzhenitsyn, em russo Александр Исаевич Солженицын, (Kislovodsk, 11 de Dezembro de 1918 — Moscou, 3 de agosto de 2008) foi um romancista, dramaturgo e historiador russo. Suas obras conscientizaram o mundo quanto aos Gulags, hediondo sistema de campos de trabalhos forçados existente na União Soviética. Ele recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1970, e foi expulso de sua terra natal em 1974.
1) Biografia

1.1) Infância e juventude

Alexandr Solzhenitsyn nasceu em Kislovodsk, pequena cidade do sul da Rússia, na região localizada entre o Mar Negro e o Mar Cáspio, filho póstumo de Isaaky Solzhenitsyn, um oficial do exército czarista, e de sua jovem viúva, Taisia Solzhenitsyna. O seu avô materno havia superado suas origens humildes e adquirido uma grande propriedade na região de Kuban, nos sopés da grande cadeia de montanhas do Cáucaso. Durante a Primeira Guerra Mundial, Taisia fora estudar em Moscou, onde conhecera seu futuro marido. (Solzhenitsyn relataria vividamente a história de sua família em suas obras "Agosto de 1914" e "A Roda Vermelha".)

Em 1918 Taisia se encontrou grávida, mas pouco depois receberia notícia da morte de seu marido em um acidente de caça. Esse fato, o confisco da propriedade de seu avô pelas novas autoridades comunistas, e a Guerra Civil Russa sendo disputada ao redor, levaram às circunstâncias bastante modestas da infância de Aleksandr. Mais tarde ele diria que sua mãe lutava pela mera sobrevivência, e que os elos de seu pai com o antigo regime tinham que ser mantidos em segredo. O menino exibia conspícuas tendências literárias e científicas, que sua mãe incentivava como bem podia. Esta viria a falecer aos fins de 1939.


domingo, 4 de dezembro de 2022

Frase de Soljenítsin (2) - Arquipélago GULAG

"Por que é que a Alemanha precisou castigar seus malfeitores e a Rússia não precisa? Que caminho de perdição será o nosso, se não é possível purificar-nos desse mal que empeçonha o nosso corpo? O que a Rússia poderá ensinar ao mundo? (...). Um país [Alemanha] que oitenta e seis mil vezes, do alto do estrado do tribunal, reprovou o crime (e o condenou irreversivelmente na literatura e entre a juventude) purifica-se ano após ano e de degrau em degrau desse mesmo crime. E nós, que devemos fazer?... Um dia, os nossos descendentes chamarão a várias das nossas gerações de as gerações dos imbecis: primeiro, submissamente, deixamo-nos massacrar aos milhões, depois, com solicitude, amimamos os nossos assassinos na sua velhice feliz" (Alexandr Soljenítsin).